2 de outubro de 2011

Regina de Fontenelle

A cor da paixão

Em desejo possuída
        se joga,
             se rasga,
   se estraga
          contra os móveis,
  sobre as plantas,
         entremuros,
 se vê fera,
       se faz cadela,
            se morde serpente,
         ferida em seu desvario
no mais escondido recanto do seu bem-querer,
    no seu coração perple o e ávido
       que ela desfibra devagar.

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